sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Para se pensar...

Voltei da faculdade hoje pensando em muitas coisas, mas a que mais me chamou a atenção foi uma frase da minha professora de laboratório experimental. "Gente vocês precisam ter mente aberta, conhecer outros processos, e não só o que já conhecem". Será? Eu me pergunto isso até agora... Uma grande parte da nossa sociedade diz isso. É nosso dever conhecer novos processos! Maneiras diferentes, coisas diferentes! Mas não acham isso um tanto contraditório? Pq apesar de uma grande parte da sociedade dizer isso o mundo fica cada vez mais especializado e limitado em áreas expecíficas.

Por que? Acredito que o erro é justamente a primeira palavra, "Dever". Houve uma época em que as pessoas não tinham a obrigação de conhecer outros materiais, outras áreas de trabalho, outros métodos. Elas faziam por CURIOSIDADE. Pessoas fantásticas na história como Newton e Pitágoras eram Matemáticos, Médicos, Astrônomos, Filósofos, Biólogos, Químicos, Físicos, etc...
Já me perguntei um porção de vezes, como esses caras faziam tudo isso? A resposta é que não faziam! Não como vem na nossa cabeça hoje.

Hoje fazer é ser um profissional, é ganhar a vida com aquilo. Quando ouvimos hoje que temos que experimentar, que nossa mente tem de ser aberta pra novas processos as pessoas que dizem isso estão pensando que podemos através de conhecer novos processos melhorá-los, ou desenvolver nossas habilidades ocultas neles. Esperam que gastemos tempo com áreas em que não somos muito bons, ou que até não gostamos para que as desenvoplvamos e sejamos aptos a fazê-las bem como as demais áreas em que atuamos. E o que acontece? Abandonamos. Porque isso se torna um peso em nossas costas. Não é mais uma curiosidade, mas um DEVER.

Quanto mais insentivamos esse pensamento mais específico a sociedade se torna, porque ela exige excelência cada vez mais. Assim é impossível conhecer e de fato experimentar diferentes áreas, porque há mais em jogo. Existe o seu futuro, o seu emprego, o seu salário, a sua nota. Perdemos o prazer de conhecer as coisas, de experimentá-las. Perdemos nossa curiosidade (ou na verdade já que a tiramos desse foco a colocamos em outros).

Pensando em tudo isso consigo notar o quão aplicável isso é a nosso relacionamento com Deus. Ele é um dever nosso? Se relacionar com ele é nossa obrigação? Ou temos de fato a curiosidade de conhecê-lo? De saber até onde vai a toca do coelho (Parafraseando Matrix que parafraseou Alice)? De saber quem ele é de fato e toda a história em que ele é o centro?

Ainda pretendo falar sobre a questão das notas, mas acho que vou deixar isso para um outro dia...

2 comentários:

  1. É isso ai! Essa semana, em uma palestra que dei sobre espiritualidade sadia no Seminário fui questionado sobre a questão de termos que fazer as coisas para Deus, pois se não usamos da desculpa de que nos relacionamos com ele para justificar nossa apatia. Contudo, isso não é verdade e nem esse é o ponto. O ponto é que hoje fazemos as coisas por achar que encontramos nossa identidade no que fazemos, mas Deus nos convida a encontrar nossa identidade nele. Os grandes homens e mulheres do passado foram chamados de "amigos do saber", porque eles não estavam a procura de conhecimento para provar quem eles eram ou afirmar sua identidade nisso. Eles simplesmente sabiam que eram seres criados a imagem de um Deus pessoas e dotado de criatividade, então, queriam descobrir tudo o que Deus colocou nesse mundo que ele criou. Quando banimos Deus do centro da vida, resta tentar provar que somos alguma coisa, pela capacidade que temos de fazer algo.

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  2. Realmente, para se pensar....
    MUITO!!!
    Fica com Deus
    Bjão
    Anie

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