quarta-feira, 29 de julho de 2009

Crônicas de um Procurador 3

"E os dias se passam... não nego que em alguns não sentia muita vontade de conversar com ele, mas tentei nesses dizer exatamente isso pra ele, e eserar por sua resposta, e não é que ela sempre vinha? Todos os dias, por menos vontade que eu tivesse de falar, eu tinha vontade de ouvir. É impressionante como ele sempre fala algo que está em meu coração. As vezes ele puxa uns assuntos que na hora eu não entendo direito e parecem não fazer muito sentido, mas logo o quebra-cabeça continua a ser montado e passo a reconhecer a figura que está se formando. Têem sido dias incríveis.



E um dia desses ele me respondeu... ele veio ao meu encontro mesmo sem eu merecer por Graça. E há tantas coisas que ele faz e fez por esse motivo, tantas coisas que eu não mereço e ele me dá de bom grado mesmo assim. É tão maravilhoso. Quanto a eu buscar outras coisas tantas vezes a resposta dele foi Misericórdia. 'Assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças a misericórdia de Deus para com vocês. Pois Deus colocou todos sob a desobediência , para exercer misericórdia com todos'. Também ouví de uma forma nova o que ele sempre me dizía sobre a cruz, quer dizer ele morreu por que eu erro, porque sou falho, porque sou dependente dele. Hoje entendo isso melhor e tenho mais paz, mas ainda mais temor a ele. Não quero desagradá-lo. Mas as vezes eu sigo o caminho errado, mas sempre sei que ee vai estar me esperando, ansioso para conversarmos novamente, e eu não tenho que mercer isso, até porque nada que eu fizesse me faria merecedor, mas sua graça e misericórdia cumprem todas as lacunas da culpa, e do arrependimento, e novamente sem explicação podemos ficar juntos.

Porque há uma ponte inquebrável, a ponte da cruz que sustêem uma relação que para sempre pode ser vivida e compartilhada. Uma relação de amor e de vida, de paz e bondade, uma relação que enche o meu coração da fonte certa até que ele transborde e tudo que eu tenha seja desta fonte, tudo que eu tenha seja dado de graça e misericórdia e abençoe todas as vidas que forem possíveis. E minha história com ele continua, e estou sempre encontrando novas perguntas e procurando novas respostas. E ele está sempre comigo me ajudando a encontrá-las..."

terça-feira, 28 de julho de 2009

Crônicas de um procurador 2

"Que raiva! Eu tinha raiva de mim mesmo, como podia eu ter feito e o pior continuar fazendo escolhas tão erradas, substituindo o indispensável pelo prazer momentâneo de outras coisas? Comecei a pedir ao meu amigo que ele me desse mais paixão por ele, mais amor... mas o tempo passava e eu não sentia mais desejo de ficar um tempo com ele conversando a sós, como costumávamos fazer. Eu queria querê-lo, eu queria, ou não queria? Será que eu queria mesmo me apaixonar denovo por nossa amizade, ou eu só queria que fosse mais fácil, que sem nenhuma disposição eu tivesse aquilo que racionalmente eu sabia que era o melhor? Eu estava perdido, não tinha poder para mudar aquela situação. Não tinha como fazer crescer em mim um desejo por ele novamente, estava em crise, inconformado e revoltado, mas sobretudo desesperado, pois eu havia perdido o que já havia encontrado.

Foi então que algo desprovido de qualquer lógica aconteceu. Sem nenhum motivo aparente ele me deu vontade de conversar, e mais do que isso, vontade de ouví-lo. Mas eu estava emvolto em tantas outras coisas que me era mais fácil e tentador negá-lo. Quando ele vinha ao meu encontro falar comigo, eu o ignorava, e ía fazer outras coisas, coisas tão sem sentido quanto minha atitude. Mas ele insistia, continuava dando passos em minha direção, até que um dia eu topei. Disse 'tá bom, vamos conversar' e mais uma vez o tempo parecia não existir. Minha cabeça estava girando com tudo o que ele falava, com a profundidade do que me dizia, quão o quão verdadeiras eram as palavras que chegavam ao meu coração. Fiquei mais uma vez maravilhado. Eu não merecia, eu me distanciei, e quando ele tantava se aproximar, o ignorei. Ainda assim ele insistiu, e por quê? Eu não entendo. Não faz sentido algum.

Os dias iam se passando e eu já havia acumulado duas grandes dúvidas em minha cabeça. Por que eu era tão burro, conhecendo o quão maravilhoso era estar com ele e ainda assim optar por tantas outras coisas; e por que sem nenhuma razão, sem nenhuma lógica ele insistiu em vir me encontrar, mesmo eu o ignorando?"

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Crônicas de um procurador 1

"Sou um procurador, não como um profissional, mas como todos as pessoas que procuram por algo. A diferença entre mim para algumas dessas todas é que como outros eu já achei o que procurava. Durante minhas andanças, descobri que havia um mestre que ensinava sobre o amor com amor, e sobre paz com a paz, alguém que vivia cada palavra que falava, e não temia em falar o que pensava. Ele era alguém que de alguma forma estava ligado a algo mais, tinha uma conexão sobrenatural com algo inexplicável. Eu o ví. Me aproximei e comecei com uma dose de curiosidade e duas de receio a ouvir o que ele falava, não que não acreditasse nele, mas já havia julgado mal pessoas antes, já havia gerado expectativas que não puderam ser supridas antes, então preferi ficar com os pés atrás, mas os ouvidos e os olhos atentos. O tempo foi passando, e ele não me frustrava ou decepcionava em nada, o que me foi realmente surpreendente. Como alguém poderia viver daquela forma? O mais curioso é que conforme fui me aproximando comecei a reparar em outras pessoas que também o haviam notado. Elas também notaram que ele era especial e tinha algo diferente, e como eu procuravam saber o que era. E quanto mais nos aproximávamos mais cheios de sas palavras e de sua vida éramos. Quanto mais perto dele mais nos parecíamos. Viví experiências inesquecíveis e ví coisas inexplicáveis. Mudança atrás de mudança, surpresas e mais surpresas e todas eram boas. Resolví me arriscar e me aproximei a onto de deixar minhas preocupações e meus outros afazeres de lado, e fui me aproximando.

Então viví o momento mais magnífico da minha vida, eu havia achado o que sempre procurei, uma luz que não se apagava, uma experiência de vida que enchia completamente o meu coração, que não deixava brecha ou espaço para a solidão ou para a necessidade de aprovação. Eu era quem era, eu; e ele era ele, mais do que tudo o que jamais fui. E descobrí que ele estava sempre ao meu alcance e por mais gente que o procurasse o tempo parecia não existir para ele, e assim ele tinha todo o tempo do mundo para se relacionar individualmente com cada um, ele se doava por completo a mim, e nada era como estar em sua presença. Logo ele já era mais do que um mestre, ele era meu amigo. Ele estava comigo independente de quem eu era, sou e serei. Cada segundo que eu estava com ele era fantástico. Enfim a noite chegara e eu satisfeito completamente contente, dormí.

Não pude evitar de pensar se tudo aquilo não passara de um sonho, mas quando acordei de alguma forma ainda o sentia e sabia que não era sonho algum, apesar de ser muito mais incrível do que qualquer sonho. E os dias se passavam, até que chegou o momento, aquele dia infeliz, ah como fui burro. Eu o conhecia, sabia quem ele era e o quão inexplicável era estar com ele em sua presença, mas sem nenhum motivo aparecete, sem nenhum sentido, eu fiz a opção por outra coisa. Tomei a decisão de viver este dia longe, eu sei, não faz nenhum sentido, e eu só quero saber por quê? Por que é que sabendo o quão expetacular é viver com ele eu tomei a decisão de ficar todo um dia longe de sua presença? E o pior, esse não foi o único dia, se repetiram várias vezes e eu simplesmente não entendo, como eu pudia sem nenhuma explicação viver meus dias de forma apática e tão vazias de significado depois de saber de sua existência? E principalmente, por que sabendo qual era a melhor escolha eu optava tantas vezes pela pior?"

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