sábado, 2 de janeiro de 2010

Histórias de Deus (1)

Escrevo esse post para incentivar você a parar para perceber sempre o que Deus está fazendo na sua vida, como a sua história tem sido trabalhada por ele. Na pós-modernidade uma das maiores queixas das pessoas (inclusive das cristãs) é a dúvida. Temos que tomar decisões demais, cedo demais. E muitas vezes nos preocupamos com o que será delas no futuro, o que acontecerá devido a ter tomado tal decisão. Aos cristãos tenham bom ânimo, Deus está sempre interagindo em nossa história e quero dar alguns exemplos aqui, sobre isso, sobre como as vezes nos preocupamos demais ou temos medo das situações mas ainda assim Deus está no controle.

A primeira história é uma sobre mim. Para quem não sabe, eu sofro de uma doença genética chamada displazia, o que no meu caso ocasionou o fato de eu ter nascido sem 22 dentes permanentes. Logo exceto por raras excessões quando um dente meu cai, nenhum outro substitui, fico banguela até que eu faça um impante. Atualmente estou banguela de 5 dentes no total, mas nem dá pra perceber, tanto que se eu não conto essa história as pessoas nunca perceberiam a minha falta de dentes. Mas o incrível é a história toda que se passou. Nasci assim, mas só descobri (ou melhor minha família descobriu) que tinha tal doença por volta dos 3 anos de idade. Quando brincando com meu irmão mais velho bati com tudo o rosto no chão e perdí os dois denetes da frente. Fui ao dentista de meus pais, o Armando, lá em Ribeirão Preto (na época eu morava em Balneário Camboriú). Ele fez um aparelho com meus próprios 2 dentes para que eu como criança não desacostumasse a morder e comer normalmente enquanto os dentes permanentes crescescem (eu suponho), mas no processo foram feitos alguns exames como radiografia panorâmica e voalá, descobriu-se que eu não tinha a formação de diversos dentes permanentes (porém os dois que eu quebrei eu tinha). Isso já foi algo importante, se não demoraria muito a descobrir da doença e meus pais possivelmente até se preocupariam com o fato de meus dentes de leite não cairem nunca (e estão a maioria comigo até hoje, bem úteis na boca rs).

Mas a história continuou. Meus dentes permanentes (os da frente) cresceram separados, bem separados na verdade. Qualquer um que tenha me conhecido na época se lembra bem disso. E eu fiquei com eles separados por algum tempo, se não me engano quando estava lá pela sexta série (ou como é chamado atualmente, sétimo ano), não podia mais adiar, precisava de um aparelho que juntasse os dentes da frente, o único problema, é que um aparelho comum mexeria com toda a minha "sensível" arcada dentária e poderia acelerar a perda dos meus dentes de leite. Eu já morava em Rio Claro fazia algum tempo, mas continuava frequentando o agora "meu" dentista em Ribeirão (eh, Armando hein, rs), e para fazer um aparelho que juntasse os dois dentes da frente sem mecher nos demais seria necessário fazer uma cirurgia que colocasse duas peças na minha gengiva superior e usando essas peças como suporte fazer um aparelho apenas para os dois dentes da frente, assim como estava embasada nas peças e consequentemente na gengiva não afetaria as demais áreas da arcada. O único problema é que essas peças eram raríssimas no Brasil e cada uma custava mil dólares (que na época valiam quase 3 reais), inacreditavelmente uma das raríssimas cidades do Brasil que possuiam a peça era Rio Claro, e a pessoa que as possuía quando soube da minha história as deu de graça (2000 dólares Oo), a cirurgia também foi coberta pelos dentistas e cirurgiões e no fim das contas fora a dor e o stress da cirurgia não gastei nada, fantástico.

A história continua até hoje, muitos dos meus dentes de leite ainda permanecem firmes, mas como eu disse 5 já se foram, e o último que se foi tá dando trabalho porque deixou um nervo exposto. Pensar que logo eu terei que fazer o implante de trocentos dentes não é algo agradável, provavelmente será dolorido e muito caro, sem falar no tempo que vai gastar, ainda não sei se terei que trancar a facul por um tempo pra dar conta, mas querem saber, não estou preocupado, depois de ver Deus fazer tanto nessa minha história é quase que ridículo temer que ela fuja do controle de Suas mãos. Analisar as obras de Deus na nossa história nos traz confiança para acreditar no controle dEle sobre nosso futuro.

Conto outras histórias nos próximos posts.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Devoção sem livre Arbítreo?



Bom, confesso que já pensei isso antes, inclusive já pedi isso a Deus outras vezes: "Deus me faz amá-lo, me faz ler a bíblia e fazer sua vontade". Mas para isso o livre arbítreo iria pro espaço, mas o que que tem né? Será que seria tão ruim ser devoto a alguma coisa sem ser por opção, sem ser por livre arbítreo? Bom, mais uma vez o filme do Senhor dos Anéis exemplifica isso muito bem, acho que qualquer um que tenha visto o filme se lembra bem do "rapaizinho" aí em cima... Smeagol, ou Góllum é um típico exemplo de devoção sem livre arbítreo.

O anel para Smeagol, é seu precioso, é o objeto de sua total devoção. Ele o ama e o idolatra e mesmo sabendo do mal que aquilo lhe causa ele é totalmente devoto a tê-lo e protegê-lo. É impressionante ver tudo o que ele faz e o que se permite passar, tudo o que ele se torna e a forma como ele se desumaniza por causa de sua devoção, impressionante, principalmente porque volta nos assuntos de sofrimento que falei a poucos posts, não estamos dispostos a sofrer nenhum pouco por Jesus, o objeto da nossa devoção. E o Góllum sofre horrores, mas não abre mão de seu precioso.

Concluímos que devoção sem livre arbítreo é escravidão. Mas livre arbítreo sem devoção é independência. E significa que Deus não é o nosso precioso. E então qual é o seu precioso. A Bíblia tem uma história muito boa pra isso também. Diz que um colecionador de pérolas descobre um terreno que tem uma pérola de grande valor, ou melhor, de maior valor, é a pérola mais valiosa que ele já viu, é sua preciosa, e por isso ele vende tudo o que tem (inclusive sua coleção de pérolas) para obter a pérola de maior valor. Isso é devoção, com livre arbítreo. Isso é amor e desejo dos redimidos. É Deus sendo a pérola de maior valor sendo o nosso precioso.

O maior objetivo



Recentemente comprei a trilogia dos Senhor dos Anéis por 50 reais na Saraiva (olha o merchan), e revi os três filmes. E isso me fez pensar em algumas coisas, uma delas (que pretendo compartilhar nesse post) é um pensamento que já vinha sendo desenvolvido pelo meu maninho a algum tempo, ou melhor o exemplo do senhor dos anéis aplicado a esse tema é que foi usado por ele antes. De qualquer forma o que venho a falar é como terminei dizendo no post anterior, qual é o nosso maior objetivo e o quanto com o passar do tempo ele passa a não ser mais o objetivo principal.

Em o Senhor dos Anéis, a sociedade do anel firma um compromisso onde seu maior objetivo é chegar até a montanha de Mordor e destruir o Anel de Sauron. Assim, eles passam por muito, muito tempo, lutando para conseguir cumprir esse objetivo. Destuir o anel é o objetivo mais importante de suas vidas. Assim grandes viagens são trilhadas, lutas que parecem perdidas são lutadas, e grandes desafios são cumpridos, porque o que é mais importante pra eles é Destruir o Anel.

Porém durante a jornada algumas coisas desviam a atenção de muitos dos heróis da sociedade. E a principal distração é o próprio anel. Ele gera cobiça pelo poder no coração das pessoas e por diversas vezes o desejo de manter o anel é mais forte do que o de destruí-lo e isso torna o objetivo muito mais difícil.

Assim também é com a nossa vida com Deus, tudo é transponível quando aumentar o nosso relacionamento com Deus é nosso maior objetivo. Mas quando outras coisas passam a ser mais importante, como nossa própria independência, desejos e cobiças. Essas coisas sempre nos distraem e dificultam em muito o objetivo de ter um relacionamento maior com Cristo. Mas sabemos que isso é de fato a coisa mais valiosa, é o melhor que podemos experimentar, e mesmo assim fazemos outras escolhas. Então muitas vezes desejamo que não tivéssemos livre arbítreo, que Deus meio que nos forsasse a adorá-lo e amá-lo com toda nossa devoção. Mas isso certamente seria algo horrível e ainda com o Senhor dos Anéis pratendo exemplificar isso no próximo post.

+ Relacionamento com Deus


Em meu último post falei um pouco sobre Agradecer e Reclamar. E nesse vou falar um pouco sobre sofrimento, o que num primeiro momento é algo associado a reclamar, mas é justamente o que quero levá-lo a pensar, será que o sofrimento não deveria ser um motivo a agradecer? Bom isso depende do sofrimento, ou melhor depende do motivo para o sofrimento existir.

Quando sofremos por desejarmos um maior relacionamento com Deus, ou por buscarmos isso, nossa atitude é sempre de gratidão. Paulo disse que queria participar do sofrimento de Cristo (Fp 3:10), porque isso significava experimentar um pouco mais de relacionamento com Deus. Jesus sofreu um bucado, e dizemos que queremos ser cristãos, pequenos cristos, imitadores de Jesus, mas quando chega o momento de imitarmos seus sofrimentos pulamos fora, por quê? Provavelmente (se não for "certamente"), porque nosso maior alvo não é um maior relacionamento com Deus, podemos até desejar isso, mas esse não é o nosso maior desejo. Segundo Ajith Fernando em seu livro "chamados para a dor e a alegria" quando desfrutar de um relacionamento com cristo é a mais doce e agradável experiência na vida, abre-se mão de qualquer outra coisa para estreitar esse relacionamento.

"Se esse é o nosso desejo, estreitar nosso relacionamento com Cristo, quando sabemos que o sofrimento aprofunda esse relacionamento, o sofrimento perde seu aguilhão. Nós passamos a não mais temê-lo. Em vez disso, quando ele surge, nós o transformamos em uma oportunidade de alcançar aquilo que desejamos: Nos aproximar ainda mais de Cristo"

Reveja se buscar a Deus e ter um relacionamento profundo ainda são seus maiores desejos é comum vivermos a vida e isso ir se tornando um objetivo secundário para nós. E é sobre isso que pretendo falar no próximo post...

Novo Ano de reclamações ou de gratidão


Olá, não podia deixar de postar no primeiro dia deste ano... graças a Deus as viagens deram um tempo pra eu voltar a postar, muito bem, desejo começar esse ano falando exatamente sobre ele mesmo. Sei que segundo a tradição muitos fazem promessas do que vão fazer no ano e tudo mais. Mas desafio você a encarar esse post não como uma promessa de ano novo e sim como uma decisão, e como eu já escreví em um post mais antigo, decisão é algo que só existe agora. Não se decide o que fazer no futuro (se planeja, ou se propõe, mas decidir não...). E a decisão que lhe convido a tomar é se você vai encarar esse ano com Gratidão ou com Reclamação.

Posso fazer uma enorme lista de reclamações e pedidos que gostaria que fossem transformados, curados, mudados, enfim descontentamentos. Poderia citar minha saúde, minhas dúvidas, meus pecados o que inclui fortemente meus pensamentos, minhas decisões, meu tempo gasto, meus bens materiais. Talvez você tenha se frustrado com essas coisas também, ou com seu trabalho, ou faculdade, ou não tenha passado no vestibular, ou ainda tenha tido problemas de relacionamento ou até passado festas ruins de fim de ano. Mas espere. Eu o desafio a não reclamar. Por dois grandes motivos, Deus conhece todas as coisas. Qualquer coisa que aconteça, ou aconteceu está sob o poder de Deus. E se você é amido dEle então pode ficar tranquilo porque ele quer o que for melhor pra você, mesmo que muitas vezes não entendamos, como algo como uma doença por exemplo, possa ser algo bom pra nós... O segundo motivo é que se não fosse por Deus e sua intervenção absurda na história da humanidade com a vida, a morte e a ressurreição de Cristo, se não fosse por seu amor inexplicável, você nunca existiria. Além de já existir e sem merecer ter a oportunidade de voltar a um relacionamento com Ele, Deus ainda te dá uma porção de coisas todos os dias, que não precisavam ser dadas, Ele nos enche de presentes, e na maioria das vezes os descartamos, ou não damos o devido valor, não só não agradecemos, como ainda reclamamos do que julgamos não estar bom.

Então decida hoje a ser agradecido, decida agora, não reclame, agradeça:
Agradeço por mais um ano que se acaba e um outro que começa, agradeço por ter grandes amigos e por ter a oportunidade de revê-los logo no começo desse ano. Agradeço pela minha família, pela minha história, pelas lutas e pelos presentes. Agradeço pelo amor de Jesus.