terça-feira, 10 de agosto de 2010

De volta a Narnia


Primeiro quero dizer que estou muito feliz em voltar a escrever no Blog, não vou nem ousar me desculpar ou prometer nada, entretanto estou interessado é claro em escrever com frequência como nos bons e velhos tempos, vejamos quanto tempo duramos dessa vez (espero de todo o coração que um bom tempo), bom de qualquer forma quero compartilhar com vocês em alguns de meus futuros textos algumas coisas que me chamaram à atenção em Nárnia, já que estou lendo este excelente livro mais uma vez... comecemos do início então. (Sei que já escrevi sobre isso antes, inclusive usando os mesmos textos, mas como reformulei todo o blog, estou considerando tudo novo, sem contar o fato de que achei necessário voltar a falar nesse assunto já que tomamos decisões a todo momento, e estes pensamentos acabam por se tornar quase que inevitáveis, de qualquer forma vamos em frente):

" Ousado aventureiro, decida de uma vez:
Faça o sino vibrar e aguarde o perigo
Ou acabe louco de tanto pensar:
'Se eu tivesse tocado, o que teria acontecido' "

Este é um texto de "O Sobrinho do Mago", nessa parte do livro Digory e Poly haviam chegado a um mundo diferente do deles, e acabaram se deparando com um pequeno pedestal que possuía um sino e um martelo, além dos dizeres transcritos acima. Na história Digory cede a curiosidade proporcionada pelo texto e toca o sino o que acarreta em uma porção de complicações, mas o que me interessa é essa questão proposta de que queremos sempre saber o que teria acontecido se tivéssemos tomado uma outra rota, ou fizéssemos escolhas diferentes.

Pros que entendem o mínimo de computador, é mais ou menos como o "Desfazer"
(atalho: ctrl + Z), que nos permite voltar em nossas escolhas e optar por outra para consertar o que achamos que não havia dado certo, muitas vezes desejamos que a vida tivesse um Ctrl + Z, isso nos daria um enorme controle sobre nossas situações não é? Caso eu me arrependa de ter feito uma escolha simplesmente volto e faço outra, assim nunca "erraríamos" não é? Bem eu preciso muito dizer algo a mim mesmo e à você. Isso não vem de Deus!

Claro que nos parece algo interessante, porque daria ainda mais poder à nossa independência, mas não é isso que Deus (ou Aslan, já que estou comparando com Nárnia), nos propõem. A proposta de Aslan é de depender dele, de fazer exatamente como ele diz sem jamais sabermos o que teria acontecido, porque graças a Ele as decisões que tomamos não mudam, e sendo assim a que ele tomou, morrer em nosso lugar para que pudéssemos viver, também jamais mudará.

Sei que escolher fazer a vontade de Aslan nem sempre é algo fácil, muitas vezes ela vai contra nossos interesses egoístas, ou nossos direitos, sem falar que sempre dependem da nossa confiança de acreditar e agir sem sabermos exatamente o que irá acontecer, mas, apesar de tudo isso, é muito melhor dependermos e nos relacionarmos com Ele, alguém que não nos mostra jamais o que teria acontecido, mas que nos garante a sua presença quando nos submetemos a Ele e então descobrimos juntos o que ainda há de acontecer.

"_Dizer o que teria acontecido? Não, a ninguém jamais se diz isso. (Aslan)
_Oh que pena! - exclamou Lucia
_Mas todos podem descobrir o que vai acontecer - continuou Aslan. _Se voltar agora e acordar os outros para contar-lhes outra vez o que viu, e disser que eles se levantem imediatamente e me sigam... que acontecerá? Só há um modo de saber..." (Trecho de Príncipe Caspian)

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