segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Segunda feira, segundo semestre da faculdade. Segundo, posição do que chegou mais perto de ganhar mas perdeu como todos os demais. Seguem os segundos surrando, e me lembram como os fins de semana são curtos. Em segundos a cabeça está cheia de afazeres. "Não posso perder o ônibus". "Será que não estou esquecendo de levar nada pra São Paulo?". "Preciso lembrar de alguma coisa, só não lembro o que é". "Puxa, hoje a noite já tem aula...". "Preciso comprar um monte de materiais esse semestre". "Nossa, e essa semana vou passar sozinho, ainda tenho que me virar pra me alimentar". "Preciso levar meus livros". "Quarta tenho prova pra tirar carta". "Será que volto na quarta cedinho ou perco a aula de terça?". "Preciso estudar os softwares". "Queria ler mais..." E assim, minha cabeça parece ficar cada vez mais pesada e mais pesada e bum! O dia passa. O dia passou. Acho que você não entendeu, então vou repetir... O dia passou, ele se foi, já era, não vai mais voltar. E o que eu fiz nele? Como eu passei por ele? Ou eu não passei? Apenas o observei distante enquanto os segundos seguiam surrando? Me preocupei, me atropelei, pensei, fiz, fui, voltei, falei, corri, viajei, escreví, e em resumo, não fiz absolutamente nada.

Nada que realmente importasse nada que contasse pra além daqui, nada que atravessasse o tempo dos segundos e o esaço da Segunda. Nada eterno, profundo, primordial. Viví sem viver, viví sozinho. A única coisa que realmente vale a pena, a única coisa pela qual eu deveria viver, a única coisa que devería encher minha cabeça, simplesmente não houve. Que triste. Esses são os dias mais tristes.

4 comentários:

  1. a-do-rei o seu post... a pura mas nem tão simples realidade... vivemos sem viver...

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  2. e mais um dia vazio se foi... =/
    mto difícil preenchê-los! difícil mesmo!

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  3. Mas....
    Existe uma boa notícia aqui. Você pode não ter percebido, mas foi o tempo todo acompanhado, o tempo todo cuidado, o tempo todo observado, o tempo todo, Alguém, um Pai cheio de amor, esteve de canto, com um sorriso no canto da boca, pensando: "Esse é meu menino! Eu o amo de modo muito especial".

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  4. dizer o que né? se eu disser algo, vai estragar...Deus te abençoe amado!

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